domingo, 28 de março de 2010

Nas luzes da cidade

Olá, pessoas e afins.
Escreverei aqui hoje sobre um assunto que vem me corroendo de dentro para fora, e que martela na minha mente toda vez que ponho os pés fora de casa.

Eu saio e vejo pessoas por ai tentando ser o que não são. Vejo pessoas mostrando seus sorrisos "branco colgate", abraçando e banalizando a amizade e o amor. Usando suas roupas da moda, como se isso fosse sua placa de identificação, como se isso as fizessem únicas e onipotentes.
Pessoas que tentam ocupar o vazio interior com altos números de contatos no orkut ou msn.
Pessoas que te bajulam para arrancar-lhe um sorriso e abraço, e logo dizer que você é o "best".
Às vezes, sinto-me tão vazia, tão oca... Mas quando me deparo com essas criaturas, vejo que não sou tão vazia assim. Não como eles...
Neles eu vejo a solidão exalar daqueles poros imundos. Vejo a ânsia por fama e glória gritarem subliminarmente de suas palavras mansas. Vejo o medo do anonimato ofuscar o brilho falso dos olhos.
Eu vejo tudo isso quando saio por ai para buscar alguma inspiração em algum lugar podre.
Esse "jetset life" me envenena, não me contaminando, mas só de olhar. Só de ter consciência da existência de pessoas realmente vazias, mas graças à elas tenho algo para escrever.
Graças à toda essa solidão metropolitana, que tem a tendência de crescer e crescer. 
Então, três vivas por toda essa banalização!
Três vivas para os "cool's"!
Três vivas para essa solidão que nos consome e nos destrói!

xoxo, Lalesca F.

sábado, 20 de março de 2010

Sem perspectivas...

Olá, pessoas e afins.
Deixei o blog às moscas essas semanas, realmente não tenho tido tempo de entrar aqui.
Bem, final de semana passado eu estava conversando com um grande amigo meu sobre pessoas e suas perspectivas.
Melhor dizendo, falta de perspectivas.
É deprimente, e me enoja, ver pessoas sem nenhuma perspectiva de vida.
Pessoas vazias, fúteis e superficiais.
Pessoas que se vangloriam de suas conquistas, que para mim não passam de míseras migalhas de mediocridade. E culpo essas pessoas pela sociedade ser assim. Ressaltando bastante a
"sociedade".
Sociedade sem visão e futuro digno.
Sociedade gerada por pessoas sem sonhos, objetivos, ou metas.
Pessoas que nascem, crescem e morrem, sem deixar nada de útil
ou construtivo.
Pessoas que infelizmente são a maioria.
Fico me perguntando como estarão essas pessoas daqui a alguns anos, se estiverem ao menos vivas, é claro.
Será que continuarão com essa visão ínfima do mundo e da realidade? Ou será que notarão que tudo é feito de grandes batalhas externas e internas? E talvez se notarem, verão que já é tarde.
Verão que o tempo e a "era do ouro" já se foram.
Então eles lutarão para revertar o mal feito? Ou se acomodarão, como sempre?

Humanos.
Sacos de batatas, porque vermes pelo menos movem-se.

xoxo, Lalesca F.

sexta-feira, 5 de março de 2010

"Oh! que saudades que eu tenho..."

"Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!"(Casimiro de Abreu_Meus oito anos)

Olá, pessoas e afins.
Essa semana não apareci por aqui, pois afinal de contas alguém tem que estudar, não é? (rs)
Coloquei no início do post um trecho do poema de Casimiro de Abreu, que não está entre meus autores/poetas favoritos, mas eu gosto desse poema dele.
Gosto dessa saudade que ele passa, entendo-a até. Mas a saudade em mim não é necessariamente a da infância. Claro que ainda me lembro de como boa era aquela época, como eu era infernal!
A saudade que tenho são de pessoas que o tempo e a vida afastaram de mim. Acho até que posso me incluir nesses fatores que afastam as pessoas, que eu realmente gosto, do meu caminho.
E às vezes isso deixa um gosto amargo da língua que desce queimando a garganta... Não sei se é o gosto da raiva ou da saudade.
Meus caros, como fica impregnado em mim esse gosto amargo e ruim quando paro e relembro de dias que não voltam mais.
Lembro das risadas, das bocas escancaradas e dos dentes à mostra.
Lembro e perco a conta ao contar quantas vezes eu rezei para que minha alegria e felicidade durasse um pouco mais.
Oh, meus amigos que já não são tão amigos assim!
Oh, meus amigos que um dia não serão tão amigos assim!
Eles já foram, e os outros irão. E como sentirei falta dos pequenos momentos, de piadas e de xingamentos, de alegria e dor compartilhadas.
Oh, meus poucos amigos que sempre me trouxeram uma felicidade rápida e instantânea, mas apesar disso, felicidade pura.
Oh, meus poucos amigos que me fazem rir mesmo quando sinto que isso doeria ao menos em tentar!
Como eu estremeço só de pensar que um dias eles não estarão mais aqui, assim como os outros.
Seja pelo tempo, pela vida, ou por mim.

Aos meus queridos, que estão aqui ou já se foram, eu dedico este post de hoje.
E agradeço por todos os momentos que não voltam mais.
Agradeço também, mesmo que seja um tormento, pelas lembranças que me deram.
Lembranças que na madrugada vêm me visitar.

xoxo, Lalesca F.